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terça-feira

Histórias Urbanas - Capítulo II

Antes de ler esse post, veja Histórias urbanas- Capítulo I


Bateram na porta.
Ele observou pelo olho de peixe e não acreditou. Era ela.
Abriu-a jeitosamente, ela sorriu. Entrou e não disse nada. Foi até a sacada e da mesma posição em que ele ficava todas aquelas noites olhou para sua janela. As cortinas não dançavam como em outras noites.
Ele não sabia como se desculpar. Num ímpeto levantou-se e foi até o quarto buscar algo que lhe valesse como um pedido de desculpas, o livro de capas surradas. Procurou pela escrivaninha e, quando virou-se com um exemplar de Bukowski nas mãos, ela já adentrava pelo cômodo, fechando a porta. Foi só ali que ele reparou nos sapatos delicados, nas meias pretas e no sobretudo cinza, o qual ela já terminava de desabotoar.
Ainda com o livro em mãos, sentou-se na beira da cama para apreciar aquele espetáculo. E com a mesma rapidez com que ela adentrara no quarto e o hipnotizara, estava apenas com as meias e sentava sobre suas pernas. Já podia sentir seu hálito quente próximo a sua boca...

O relógio marcava irritantes 8:00h da manhã.
Ele levantou-se em um pulo e foi até a sala vazia. Sentiu o cheiro do café que a empregada acabava de colocar a mesa. Sentiu-se a criatura mais infeliz do mundo. Estava louco com o que aquela mulher provocava nele.
Ela levantou, muito bem humorada. A noite anterior foi um grande sucesso. Os negócios deram certo. Hoje poderia, se quisesse, tirar uns dias de folga, fazer compras. Foi até a sua sacada, olhou o movimento na rua principal, a uns cem metros dali. Sua rua estava muito tranquila e verde, apesar do frio que fazia. Resolveu trabalhar um pouco, organizar pequenas pendências e passar um ou dois dias em um hotel aconchegante na serra. Achou esta uma idéia realmente encorajadora enquanto tomava seu banho quente. Decidiu tomar café no caminho do trabalho. Saiu a pé.
Ele se perdeu em suas idéias e acabou perdendo a hora. Saiu de carro, apressado, recortando o trânsito e quase sofreu um acidente. Chegou no trabalho cheio de adrenalina e pensou que esta era a melhor maneira de esquecer aquela mulher de todos os dias. Entretanto, por várias vezes se lembrou daquele sonho, onde ele quase pode tocá-la, quase pode beijá-la, quase pode possuí-la. Foi chamado a atenção várias vezes pelos amigos. Aquele seria um dia bem comprido.
Enquanto arrumava suas coisas, com metade das pendências resolvidas, ela pensou que era ridículo ir para um hotel aconchegante na serra, sozinha. Pensava no romantismo que esses lugares continham e que nenhum cara por mais sensível que fosse, estaria num lugar desses esperando encontrar a mulher amada. Abriu o celular e procurou na agenda alguém que pudesse convidar informalmente: amigas, casos, família. Ninguém lhe pareceu boa companhia. Ficou deprimida e decidiu que filmes, e o telefone de um restaurante já estava de bom tamanho.
As 5 da tarde, ele já saturado do trabalho, foi a banca comprar algumas revistas. O dia estava escuro e bastante frio. Olhou para o carro sujo e sem coragem de passar algumas horas com uma mangueira e uma flanela na mão, o levou a um lava-jato próximo a sua casa, assim, pode ir a pé pensando na loucura que estava sua vida.
Depois de algumas compras, encomendas e telefonemas, ela voltava, ainda desanimada com a noite de filmes que a aguardava em casa. O que a deixou estranhamente contente foi perceber que já andava pelas ruelas do bairro, cheias de prédios e de árvores, flores, canteiros e jardins. Algumas ruas eram meio escuras, mas não perigosas, algumas cabiam apenas um carro por vez. Achou aquele lugar muito parecido com ela.
Ele ligou seu GPS no automático, abriu uma das revistas que comprou e levantava o olhar apenas na hora de atravessar alguma rua. Andou por uma que era escura o bastante para interromper sua leitura. Viu a luz da padaria acesa e quando cruzava a rua para comprar pães, esbarrou em alguém derrubando uma sacola que continha algo de vidro, obviamente só haviam cacos agora.
Ela saltou dois passos para trás depois do esbarrão naquela pessoa, talvez pelo medo de um assalto. Mas logo percebeu que se tratava apenas de um simples acidente. Ao perceber a sacola jogada no chão se certificou que a outra pessoa estivesse bem e notou de que não se tratava de um rosto desconhecido.
Ele pediu mil desculpas e reclamou das ruas escuras do bairro. Olhou para aqueles olhos e ficou pela enésima vez, hipnotizado com sua beleza. Ela era ainda mais atraente, mais viciante.
Ela o questionou sobre sua aparência conhecida e ele não negou que eram vizinhos de prédio. Em sua consciência ela lembrou das milhares de vezes que viu aquele homem que ela achou muito misterioso na sacada vizinha. Achou inclusive que ele gostava de ar livre, pois era a pessoa que mais ficava fora de casa durante o inverno. O achou simpático e achava muito interessante aquele sentido de observador que ele mostrava. Nunca teve coragem de lhe dizer um bom dia.
Agora conversavam timidamente sobre o tempo, sobre os problemas de iluminação do bairro, sobre a manteiga derretida sobre o pão quente e sobre o passatempo de cada um.
Ele disse que sempre a observava pela janela, mas que não lhe acenava por educação. Disse que era tímido e tinha problemas de relacionamento com as mulheres. Ela riu alto e achou aquele mais um papo para atrair essas mesmas mulheres em um caso de uma noite só. Ela estava caindo naquele papo. Agora ele parecia tão atraente...
Ele não deixou de notar que ela usava o sobretudo cinza do sonho. Ele ressaltava seus seios perfeitos. Se sentiu ridículo pensar isso naquele momento. Justamente na hora em que ela o notou.
Viu que ele olhava seu corpo com desejo e isso depois de tanta solidão e de tantos planos frustrados não seria uma má idéia... Deixar-se envolver por aquele homem? Mas o que estava pensando? Estava louca? Acabara de esbarrar em um estranho e já cogitava uma aventura de uma noite?
Não houve mais tempo para pensar. Ele, se confiando na única oportunidade que teria a agarrou pelos cabelos e a beijou. Ela não quis mais pensar na solidão, no filme que a esperava em uma casa vazia, o beijou com vontade, com urgência, com desejo. Ele a puxou para um beco tão escuro quanto o resto da rua. Não podia esperar mais para possuir aquele corpo, não conseguiria dar mais um passo sem possuir aquele corpo.
Ela, de todas as coisas que gostava no sexo achava a surpresa a melhor. Esse homem que a puxou para um canto e que agora falava nos seus ouvidos que a desejava a tempos, que queria sentir o calor de sua boca, do seu corpo, a deixou infalivelmente molhada. Ela já ofegava desejando que ele a comesse ali.
Ele falou todas as sacanagens que sempre pensou enquanto beijava sua boca, seu pescoço, enquanto desabotoava o sobretudo, querendo seus peitinhos lindos. Foi delicioso sentir aquela pele macia, os bicos já duros na sua boca. Seus peitinhos eram muito melhores do que ele sonhava, eram reais. Enquanto ele os chupava ela ja colocava a mão em seu pau fazendo movimentos ágeis e firmes.
Abaixou-se e fez carícias com a língua que o deixaran muito duro. Estava com tanto tesão que não pode deixá-la de divertindo muito tempo. Levantou e a colocou entre ele e o muro. Abriu suas pernas, rasgou sua calcinha sem nem pensar e meteu os dedos em sua boceta muito molhada. Ela gemeu mais alto e ele a beijou para que ninguém pudesse ouví-los. Quando parou, ela sussurava para que ele a comesse ali, tinha que ser agora. Ele, que já não podia esperar mais ainda brincou com a cabeça do seu pau antes de mete-lo rapidamente em sua bocetinha. Agora já não tinha controle sobre si. Enquanto ela gemia pedindo mais e mais ele pensava em todas as vezes que desejou aquela mulher, do quanto sofreu por querer aquele corpo, aquela era sua recompensa muito merecida.
Ela lhe mordia a boca e pedia para que ele a masturbasse enquanto metia. Ele a virou de costas, sentiu o perfume de seus cabelos, levou os dedos mais uma vez naquela bocetinha deliciosa e meteu, meteu muito. Agora nem ele podia conter seus gemidos. Sentiu que ela estremeceu e ficou muito ofegante. Tinha lhe dado o prazer que ela tanto procurava.
Ela virou-se segurou o pau dele ainda muito duro fez alguns movimentos, abaixou-se e chupou. Passou a língua pela cabeça enquanto uma mão o segurava firme e a outra acariciava suas bolas. Viu o momento em que ele arqueou e gozou bem na sua boca. Sem pudores lambeu tudo olhando maliciosamente para aquele cara.


- Me chamo Lisa.
- Pedro.
- Que acha de um filme? Ele seria só uma desculpa.
- Tanto faz. Posso te comer as oito?


(risos)

3 comentários:

  1. Pensa numa nega boa de texto. Até EU gostei.

    ;D

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  2. deu tesão, fiquei imaginando o beco. muito bom, parabéns.

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  3. Longo, mas vale a espera. dá pra ficar ansioso conforme a história. Vou ler os outros, gostei do teu blog.

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