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sexta-feira

Let me go...

Ela se perguntava a sós, se era o que realmente queria.

Mais uma decisão dificil. E parou para repensar em tudo, mais uma vez. Era como se as estradas há muito ja tivessem se dispersado, mas sabia que não era assim. Por que se apegar tanto a essas lembranças, se ela própria decidira seguir em frente, decidira mudar? Como refletiu...
Percebeu que se apegava a um fio desesperado de esperança de reencontrar uma parte sua que ficou perdida no passado que não tivera um fim justo, fim merecedor. Assim, a cada dia, se martirizava pelos erros, por suas fraquezas, pela desistência, por deixar aquilo em que mais acreditou escapar de suas mãos.
Era a culpa, o arrependimento. E nada pode machucar mais a alma. Ela tentou viver e aprender com os tropeços e no fim, estava mais infeliz do que nunca.
Esse anseio de dizer as palavras corretas, de se encontrar era tão grande que pensou jamais esquecer, e a vida, de um certo modo passou a ser obsoleta, sem cor.

Eram as palavras. Tinha tanta vontade de dizer o que sentia, que acabou muda, vendo a oportunidade passar... duas, três vezes, todo o tempo quis fazer-lo feliz, e no fim (se existe mesmo fim) uma parte de seu eu, é triste e vazia.

Ela queria muito ter dito "fica, por favor", "não consigo sem você", "sim", "eu te amo".
No entanto, ela apenas viu sua felicidade entrar naquele carro, naquela tarde linda de sol desaparecer no horizonte.

A partir dali, ela nunca mais seria a mesma.

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