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quinta-feira

Histórias Urbanas - Capítulo IV

Se o corpo é cheio de vontade, não há como fazer a cabeça ir contra. É o instinto mais primitivo...


Em sua casa tudo era tranquilo. Haviam as poltronas de couro, a cadeira de madeira, a lareira para os dias frios. Na cozinha, uma pequena mesa, quatro cadeiras almofadadas, uma geladeira antiga com gravuras recortadas e coladas e um pequeno fogão, além de outros utensílios e pequenos eletrodomésticos. Seu quarto sim, era muito aconchegante. As janelas eram escuras assim como as cortinas, a cama era alta e macia, com muitos travesseiros e cobertores. Haviam livros na cabeceira, e um macio carpete no chão. No banheiro eram a pia cheia de produtos de higiene e beleza, o espelho de tamanho adequado. Toda a louça era branca, incluindo a pequena banheira. A vida ali tornava-se muito fácil.

Ele não tinha idéia de como seria tê-la por perto. Em um local neutro, ela não fez mais do que qualquer garota normalmente especial faria. Foram três encontros no hotel e todos muito casuais. a maneira dela olha-lo era tão tímida que parecia quase infantil. Ela estava encantado apenas com sua maneira de sorrir. Conversavam durante horas, apenas acompanhados de garrafas de cerveja. Terminavam embriagados, enroscados em algum canto no lobby, nos jardins, na piscina. E em algum ponto da noite, ela sempre escapava de suas mãos.
A mala estava aberta e ela não colocou mais do que quatro pares de roupa. Seus sapatos eram básicos. Perfumes, cremes, tudo mais que precisasse estava devidamente alocado em seu lugar específico. Conferiu a passagem, a hora, trancou a casa e saiu. Durante o vôo estava inquieta e não conseguiu dormir. Queria logo pisar em outro solo, antes que seu coração se arrependesse mais uma vez.
A caminho do aeroporto, ele lembrou da noite que o deixara nervoso até aquele momento.
Era um e-mail de duas linhas, que ele repassava mentalmente a 2 meses e meio.

Não consigo ficar longe de você.
Estou chegando.

Desde esse dia foram 3 mensagens até que ele estivesse na porta do desembarque, olhando furtivamente entre as pessoas que se aglomeravam diante da sala.
Então, como se o céu se abrisse ela apareceu.
Não era como da primeira vez.
Ela, apesar de carregar a mesma beleza, tinha algo diferente no olhar, no jeito de caminhar, talvez até na maneira como o cabelo se mexia.
Em menos de um minuto, ela já estava em seus braços, o beijando de um jeito que ele nunca imaginou. Sentiu que seu corpo se contraia contra o dele, uma atração tão forte que ele nada ouviu além da sua respiração. Como ele necessitava daquela mulher.
No momento em que ela o abraçou, decidiu que ele ateria de uma maneira que nenhum outro homem nunca a teve. Porque o beijo dele era como uma chave para que toda engrenagem do seu corpo começasse a funcionar. Sentiu o calor percorrer seu corpo, seus seios ficarem duros, sua boca desejar muito mais dele. Não pode fazer outra coisa se não se agarrar com toda força ao seu desejo, que naquele momento tornou-se ele...


Continua


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